Oportunidade desperdiçada - Santo André 1x0 Bahia

O Bahia é muito superior ao Santo André, mas perdeu 3 pontos ao perder por 1 a 0 na noite desta terça-feira. Se o resultado deagradou, a atuação não desfaz a impressão de que o time está em evolução. O problema é que o time voltou a perder gols feitos que, ao contrário do jogo contra a Portuguesa, desta vez, fizeram falta.

Agora, time continua no G-4, mas caiu para a quarta colocação - Coritiba e Ponte Preta ultrapassaram - e está a cinco pontos do líder Figueirense.

Revelação da Copa 2 de Julho na seleção sub-16

O meio-campista Paulinho, do Esporte Clube Bahia, ganhou o prêmio de jogador revelação da Copa 2 de Julho deste ano, mesmo tendo sido eliminado, com seu clube, nas semifinais da competição. Nesta terça-feira (31/8), ele conseguiu mais uma grande conquista ao ser convocado para a seleção brasileira sub-16. Fiquei muito feliz com a notícia porque conheci o jogador no dia da final da competição, em Camaçari, e ele me pareceu uma boa pessoa e bem concentrado no objetivo de ser um grande jogador profissional.

Além dele, o volante Feijão, que também disputou a Copa neste ano pelo tricolor, os zagueiros Marcus Vinícius, Josué e o meio-campista Marcelo, do Vitória, foram chamados para a preparação brasileira para o Sul-americano da categoria. Josué já havia conquistado a Copa 2 de Julho pela seleção.

Natural de Brasília, no Distrito Federal, Paulinho já passou por Corinthians, Santos e Cruzeiro e está desde o ano passado no tricolor baiano."Eu tô muito alegre. Esse é o meu primeiro troféu e espero que muitos outros venham por aí. Essa foi uma competição muito boa, muito pegada. E isso foi até bom para me dar mais experiência", disse Paulinho, no dia em que recebeu o prêmio da Copa 2 de Julho.

A Copa 2 de Julho de futebol sub-17 é realizada desde 2007 pelo Estado, por meio da Superintendência dos Desportos da Bahia - Sudesb, e conta com o apoio da Federação Baiana de Futebol (FBF). Este ano aconteceu a quarta edição da competição. O Internacional, de Porto Alegre, venceu as duas primeiras, e a seleção brasileira vencer as duas mais recentes.

Transformou três pontos em sete

O Bahia está na segunda colocação da Série B neste momento, com 30 pontos, mas poderia estar na nona, com 26, não fossem os gols de Jael nos três últimos jogos. Contra o Brasiliense, o camisa 11 garantiu um ponto nos acréscimos, com um gol de raça. Na partida contra a Lusa, sem os três gols marcados por ele, o placar seria 2 a 1 para os paulistas. Três pontos a menos. Usando essa mesma lógica, o tricolor teria vencido o América Mineiro, apenas por 1 a 0, sem os dois tentos do centroavante.

Mas vale lembrar que o gol de Adriano aconteceu no finalzinho, com o time mineiro tentando diminuir o placar. Também ali, o artilheiro cruel já havia sido decisivo para o triunfo, pois fez um gol de falta quando a partida estava muito tensa. Agora, ele já tem sete na Série B, mesmo número de Rodrigo Gral, que estava atuando como titular desde o início da competição.

Jael virou ídolo da torcida tricolor com 10 gols marcados no ano passado, que ajudaram o time a permanecer na Série B. Neste ano, já fez oito (também balançou as redes contra o Confiança, pelo Campeonato do Nordeste), continua demonstrando garra deu declarações públicas de amor ao clube, e está ajudando o time a lutar pelo título da competição. Se conseguir, tem tudo para se eternizar na gloriosa lista dos ídolos tricolores.

Como diria Januário de Oliveira: Cruel, muito cruel, esse Jael!!!

Inesquecível - Portuguesa 2x4 Bahia

Na última terça-feira hava escrito aqui que a exibição do Bahia na goleada por 3 a 0 sobre o América Mineiro tinha sido a melhor do ano, pois neste sábado, na vitória sobre a Poruguesa, por 4 a 2, no Canindé, o tricolor jogou ainda mais. Sinal de evolução. O triunfo serviu também para simbolizar duas outras coisas: que jogadores acima da média, como Morais e Jael o são, fazem a diferença; e que o Esquadrão acertou em cheio ao repatriar Adriano "Michael Jackson", e que estava sendo subestimado.

Nas duas últimas partidas, o Bahia terminou o primeiro tempo, empatando, e arrasou nas segundas etapas, marcando três gols em cada. Adriano entrou justamente nestes momentos. E já tinha melhorado a equipe contra o Brasiliense, quando Jael arrancou um empate sofrido nos acréscimos.

Difícil ver o Bahia jogar tão bem assim longe de seus domínios. Repetiu o placar que manteve a equipe na elite do futebol nacional em 2002, contra a própria Lusa, mas daquela vez a partida havia sido em Mogi-Mirim. Se Jael fez a festa três vezes agora, naquela ocasião foi Nonato o mensageiro da alegria tricolor, com o mesmo número de presentes. Como aquela partida não sai da memória, esta também não sairá.

Importante também foi que o resultado foi alcançado sobre um adversário direto pelo título. E o tricolor está novamente nos trilhos. Em segundo lugar, precisa tirar os quatro pontos de vantagem para Figueirense e pensar grande: no troféu.

Difícil criticar atuações individuais nesta partida, mas vale ressaltar as qualidades de Morais. O lançamento para o quarto gol foi coisa de gênio. Tirou da cartola o coelho que garantiu os três pontos, pois a Portuguesa ameaçava empatar depois da expulsão de Alison. Daria para ser menos sofrido. O tricolor perdeu pelo menos três gols feitos para marcar o quarto antes.

Definida a primeira fase da Liga dos Campeões

Nesta quinta-feira, foram sorteados os grupos da primeira fase da Liga dos Campeões e a expectativa para o início da competição já aumenta.

Grupo A

Não será um grupo fácil. A tendência é que a Internazionale fique com o primeiro lugar e a segunda vaga fique em disputa por Tottenham e Werder Bremen. Com a saída de Özil, o time alemão fica enfraquecido e deverá ter dificuldades para passar pelo time inglês. A Inter precisará mostrar a sua força com Rafa Benitez para não correr riscos de uma saída prematura na sua defesa de título. O Twente é o azarão.

Grupo B



A disputa pelas duas vagas do grupo parecem estar em aberto para três postulantes. Lyon, Schalke 04 e Benfica. O Hapoel Tel-Aviv parece não reunir condições para seguir na competição. Não há um favorito disparado para o primeiro lugar. Pelo retrospecto recente na Liga dos Campeões, o Lyon parece levar alguma vantagem. O Schalke, de Raul, parece um pouco mais forte que o Benfica.

Grupo C




O Grupo C parece já ter todas as posições definidas. O Manchester United é o grande favorito ao primeiro posto. O Valencia tem tudo para seguir na competição, enquanto o Rangers deve ficar em terceiro com o Bursaspor completando a classificação.


Grupo D

O Grupo D parece desenhado para um passeio do Barcelona. Os três adversários têm poucas condições de ameaçar o time espanhol, que deve ficar com a primeira colocação. O Rubin Kazan, da Rússia, parece ter mais condições para ficar com a segunda vaga, embora o Panathinaikos possa ameaçar essa classificação. Copenhagen é um forte candidato a levar chocolates.

Grupo E

No Grupo E há uma divisão clara de forças. O atual vice-campeão, Bayern de Munique, deve brigar pela primeira colocação com a Roma. O time alemão parece ter mais condições de levar a melhor. Estas são as duas favoritas para as vagas. Basel e Cluj deverão ser figurantes.

Grupo F

Outro grupo que parece já ter as posições definidas. O Chelsea é o favorito disparado para ficar em primeiro. O Olympique de Marselha tem condições de ameaçar essa primeira posição, mas é mais provável que fique em segundo. Já o Spartak de Moscou deve ficar à frente apenas do Zilina.

Grupo G

Real Madrid e Milan são os favoritos para passarem de fase no Grupo G, mas devem travar um duelo interessante pela liderança. O time espanhol, com Mourinho, deve levar uma certa vantagem. O Ajax, de Luis Suarez, corre por fora para tentar roubar a vaga de um dos dois. O Auxerre deve ser figurante.

Grupo H

No Grupo H, o Arsenal é o favorito para ficar com a vaga. O Shakthar, de Eduardo da Silva, é favorito no duelo com o Braga pela segunda posição da chave. Já o Partizan deve ser apenas figurante.

Melhor exibição até agora - Bahia 3x0 América/MG

Difícil entender. Um dia irrita a torcida. Três dias depois, anima. Assim foi o Bahia e a sua metamorfose do empate contra o Brasiliense para a vitória, por 3 a 0, sobre o América Mineiro. Desta vez, o time fez a sua melhor exibição na competição, devolvendo a esperança do acesso para seus torcedores.

O tricolor fez um bom primeiro tempo, mas a dificuldade de abrir o placar tornava o jogo tenso e fazia lembrar, a todo intante, o compromisso anterior contra o Brasiliense. Duas coisas em especial eram muito parecidas: a dificuldade de roubar a bola do meio-de-campo baiano e a falta de objetividade do garoto Vander, exagerando nas pedaladas.

No segundo tempo, entretanto, o time cresceu com a entrada de Adriano, pela segunda vez consecutiva. O atacante deu mais velocidade e objetividade ao time. Jael também resolveu desequilibrar com dois gols e Morais fez, talvez, sua melhor partida com a camisa tricolor, comprovando a sua evolução. O lançamento para o terceiro gol do jogo, marcado por Adriano, foi magistral.

Rogerinho também fez uma boa partida enquanto esteve em campo e Jancarlos deu uma maior qualidade ao lado direito. Quanto a Vander, não vai aqui nenhuma crítica ao seu futuro. Tem tudo para ser um ótimo jogador. Também não dá para negar a sua utilidade, principalmente quando é utilizado nas segundas etapas. Mas ainda não me parece jogador para iniciar as partidas. Adriano vem merecendo um lugar no time, que ainda sente falta de Marcone e Ananias.

Volta, camisa 13!!!

Uma ótima notícia para a torcida tricolor é o interesse mútuo - do clube e do jogador - no retorno de Jorge Wagner ao Esporte Clube Bahia. O camisa 13 do Esquadrão na sua penúltima boa campanha na Série A pode retornar para tentar colocar de volta o clube na elite do futebol nacional.

A tarefa, se a contratação for confirmada, não será das mais facéis, mas, de certo, o retorno de um ídolo é sempre bom para elevar o astral de uma torcida e dar moral para um elenco. Jorge Wagner, aposta do Mestre Evaristo de Macedo, ainda garoto, na Copa João Havelange, é um cara que pode dar a cara pra bater depois de um mau resultado. Terá liberdade para pedir o apoio,o comparecimento dos torcedores, ou a paciência dos torcedores, mesmo nos momentos complicados.

Espero que Jorge Wagner volte a vestir a camisa tricolor, que o marketing produza camisas número 13 personalizadas, padrão lindo, por sinal. A minha animação se explica: o meia canhoto é um dos meus maiores ídolos pessoais. Quando trabalhava em jornal, um dos meus maiores desejos era conseguir entrevistá-lo. Até tentei. Infelizmente, não consegui.

Um Corinthians alegre e veloz

Foi impressionante a superioridade do Corinthians contra o São Paulo, na goleada por 3 a 0. Nos últimos tempos, apesar do tabu favorável ao alvinegro, os confrontos tinham um certo equílibrio. Neste domingo, não. O placar de 3 a 0 ficou barato para o tricolor.

Não parecia um clássico e o Corinthians animou por não ter jogado de maneira burocrática como jogou a maior parte do tempo depois da saída de jogadores como Cristhian, Douglas e André Santos. O time de Adilson Batista jogou de forma alegre, com muita movimentação. Ralf fez uma de suas melhores partidas com a camisa do clube e fez lembrar a eficiência de Cristhian, que iniciava quase todos os lances do time campeão paulista e da Copa do Brasil do ano passado.

Elias, Jorge Henrique e Bruno César também jogaram demais e Rogério Ceni evitou uma goleada incrível.

Dois pontos entregues - Bahia 1x1 Brasiliense

O Bahia desperdiçou uma grande chance de mostrar que pode lutar pelo acesso para a Série A. A rodada foi toda desenhada para o tricolor sair como grande vencedor. Faria o último jogo, sabendo de todos os resultados, em casa, contra uma equipe inferior e que não vem bem na competição, e ainda contou com derrotas de Coritiba, Portuguesa e São Caetano, além do empate do Figueirense. No entanto, o Esquadrão não fez a sua parte e apenas empatou com o Brasiliense, de maneira suada, apenas nos acréscimos.

O Bahia não jogava tão bem, mas dava a entender que conseguiria vencer pela superioridade. Aí o time perdeu uma de suas peças chaves, o volante Marcone, por lesão. A perda, por si só, já representava muito, mas poderia ter sido minimizada caso Leandro, que possui características parecidas (apesar de estar em um momento muito inferior), tivesse entrado, mas Márcio Araújo preferiu colocar Jancarlos e empurrar Fábio Bahia para o meio.

O volante, ex-Goiás, fez até uma boa partida, mas não tem características de primeiro volante. É muito voluntarioso e tem um bom passe, mas rouba poucas bolas. Com isso, o time esperava o Brasiliense errar na maior parte do tempo. Depois, no segundo tempo, ainda vacilou no gol de Moacri e nas chances claras de gol desperdiçadas. No final, evitou a derrota, com um gol sofrido de Jael e mostrou que tem dois jogadores subaproveitados no elenco: Adriano e Aleilson, que deram uma melhorada na equipe.

Pelo menos o meião vermelho estava lá!!!

Segunda lista de Mano Menezes

Hoje saiu a segunda lista de convocados para a Seleção Brasileira de Mano Menezes. Os atletas, todos do futebol europeu, se reunirão apenas para treinar. Não acho que isso trará muitos pontos positivos para a Seleção, mas e bom porque dá para ver que o treinador é muito observador e parece disposto a dar chance a quem estiver merecendo.

Goleiros: Gomes (Tottenham) e Diego Alves (Almería)
Laterais-direitos: Daniel Alves (Barcelona), Rafael (Manchester United)
Laterais-esquerdos: André Santos (Fenerbahçe) e Marcelo (Real Madrid)
Zagueiros: Alex (Chelsea), David Luiz (Benfica), Henrique (Racing Santander) e Thiago Silva (Milan)
Volantes: Hernanes (Lazio), Lucas (Liverpool), Ramires (Chelsea) e Sandro (Tottenham)
Meias: Carlos Eduardo (Hoffenheim), Douglas Costa (Shakhtar), Fernandinho (Shakhtar), Philippe Coutinho (Internazionale de Milão)
Atacantes: Alexandre Pato (Milan), André (Dínamo de Kiev), Hulk (Porto) e Robinho (Manchester City)

Mais uma frustração

O Vitória vem rondando a Libertadores. Nos últimos dois Brasileiros, começou a competição na zona de classificação para a competição, mas declinou e teve que se contentar com a Sul-americana. Este ano, chegou ainda mais perto. Chegou à final da Copa do Brasil, mas perdeu para o Santos. Logo após a derrota na decisão, a torcida rubro-negra voltou a se animar. Para chegar à Libertadores, bastava que o Santos ou o próprio Leão fossem campeões da atual edição da Copa Sul-americana.

Pois na quarta-feira o Peixe caiu fora e na quinta-feira foi a vez de o time baiano deixar escapar uma classificação totalmente encaminhada contra o Palmeiras, depois de ter vencido por 2 a 0 no Barradão. Mas o Verdão conseguiu recuperar vencendo por 3 a 0, na volta. Agora, resta a chance de terminar entre os quatro do Brasileiro (se ficar em quarto, ainda tem que torcer para um Brasileiro não vencer a Sul-americana).

Cadê o meião vermelho?

Não fui para o lançamento de uniformes do Bahia, mas estava aqui na expectativa até ver essa foto no site oficial do clube. Uma coisa me preocupou: cadê o meião vermelho? Não gosto muito quando, por obrigação, o tricolor joga sem o tradicional meião rubro. Fiquei surpreso ao ver o primeiro uniforme composto com um meião azul e o segundo, com um branco. Espero que o vermelho não seja deixado de lado.

No entanto, não vou ser tão chato. As duas camisas principais me pareceram muito bonitas. Espero que o material também seja bom, semelhante às antigas de treino. E o principal: que tragam energias positivas para o clube.

Rodada do alívio

A 14a rodada da Série A, disputada neste final de semana, ficou marcada por representar um alívio para muitos times que estavam desesperados por um triunfo. Logo no sábado, o Palmeiras conseguiu vencer a primeira sob o comando de Felipão, por 2 a 0, contra o Atlético Paranaense. O Atlético Mineiro, na zona do rebaixamento, diminuiu a crise ao vencer o Guarani, por 3 a 1. Melhor classificado, mas também passando por um momento muito ruim, o Flamengo venceu o Ceará, por 1 a 0. O rubro-negro estreou Renato e Leandro Amaral, mas o gol saiu com Pet, de pênalti.

No domingo, foi a vez de o Grêmio vencer a primeira com Renato Gaúcho, com um 2 a 0, sobre o Goiás. Com o resultado, o tricolor saiu da zona de rebaixamento, empurrando o Atlético Paranaense. Foi também a primeira partida de Renato no comando do time na Série A, já que a estreia tinha sido com derrota, e eliminação, para o próprio Goiás, na Sul-americana. Para completar, o Vitória, que teria entrado na zona de rebaixamento em caso de derrota, conseguiu vencer o Santos, por 4 a 2.

Má estreia - Coritiba 2x0 Bahia

Era previsível que o Bahia perdesse para o Coritiba neste momento. Primeiro: porque o Coxa jogava como mandante. Segundo: porque o time paranaense era o líder da competição no início da rodada. Terceiro: porque o Bahia não costuma se dar bem contra o alviverde longe de Salvador. Mesmo assim, o placar de 2 a 0 e a forma como o time jogou decepcionaram. Péssima estreia para o treinador Márcio Araújo, que precisa, pelo menos, manter o bom retrospecto de Renato Gaúcho fora de casa, que era de 50%.

O tricolor acabou perdendo por 2 a 0 apenas em duas falhas individuais - de Renê e Alison -, mas o grande problema é que o time mostrou muito menos poder de ataque do que nas partidas anteriores. Em casa, o time até conseguiu vencer apenas com três jogadores ofensivos, mas fora, fez falta a presença de um jogador como Rogerinho, Ananias ou Vander para auxiliar Morais na armação. Com isso, Gral e Jael acabaram sendo inutilizados na frente.

Parece ter ficado claro que o Bahia precisa ter quatro jogadores à frente dos dois volantes. Resta que Márcio Araújo decida se vale mais a pena colocar três meias e apenas um atacante - como Renato fazia - ou dois meias e dois atacantes - como o Gaúcho fez na sua partida de despedida contra o Paraná. São seis favoritos para essas quatro vagas: Morais, Rogerinho, Ananias, Vander, Jael e Gral.

Tensão total - Bahia 2x1 Paraná

Acabei de voltar do estádio. Tensão total para o Bahia, que acabou garantindo o triunfo suado, por 2 a 1, sobre o Paraná. Não parecia que seria assim, mas o meio-de-campo, setor mais elogiado do Bahia, não teve muito sucesso nesta partida. A queda drástica no número de meias ofensivos no time de 3 para 1 (Ananias está lesionado e Rogerinho estava suspenso) sobrecarregou Morais e enfraqueceu o time. A sorte é que Jael mostrou um pouco do motivo de ser ídolo.

O camisa 11 jogou muito. Protegendo a bola com muita eficiência, Jael parece ter percebido que ainda não está em plena forma física para virar, arrancar e bater para o gol. Ao invés de insistir em tentativas frustradas de finalizações, o atacante usou a inteligência a favor da equipe, com ótimos passes para os companheiros. Foi assim que iniciou a jogada do primeiro gol baiano. Deu um ótimo passe para Ávine, que avançou e tocou para Gral. O atacante devolveu na frente para o lateral, que foi ao fundo, dentro da área e cruzou para Morais finalizar. Um Golaço!

No segundo tempo, o Bahia parecia melhorar e Jael arrancou um pênalti em mais uma grande jogada. Com personalidade, disse para Gral, batedor oficial do time, que iria cobrar e não decepcionou a massa que estava louca para gritar seu nome. O gol poderia dar maior tranquilidade para o tricolor deslanchar, mas logo em seguida o Paraná diminuiu.

A partir daí os dois times alternaram oportunidades de gol e o apito final foi um alívio para a torcida tricolor. Agora o time está na sexta colocação, com 23 pontos. O terceiro colocado, Figueirense, tem apenas um ponto a mais (o empate da semana passada está fazendo falta).No Bahia, além da grande atuação de Jael, Marcone e Ávine merecem elogios.

Sem apagão - Asa 0x1 Bahia

Enfim, o Bahia conseguiu fazer uma partida sem apagões e voltou a vencer na Série B. O triunfo sobre o Asa de Arapiraca, por 1 a 0, foi o terceiro fora de casa nesta competição. O aproveitamento de 50% dos pontos disputados longe dos seus domínios pode ser considerado espetacular, se lembrarmos que no ano passado, em todo o campeonato, o tricolor só venceu cinco jogos fora de Salvador (de 19 disputados).

O clube está na sexta colocação, a 3 pontos do G-4, mas poderia estar melhor se estivesse com um aproveitamento melhor como mandante, afinal, só venceu metade dos embates disputados em Pituaçu. Caso tivesse vencido todas as partidas em casa - não há nenhum absurdo em ganhar de Ponte Preta, Duque de Caxias e Figueirense -, o tricolor estaria na liderança empatado com o Coritiba.

O Bahia começou pior do que o Asa, pelo menos nos primeiros 15 minutos, mas não passou muito perigo. Depois, o time cresceu e passou a dominar até que fez o gol com Alison. No segundo tempo, o Asa melhorou, mas o tricolor soube se segurar. Quando foi preciso, Renê fez ótimas defesas. Uma atitude do camisa 1 chamou a atenção. Quando fazia as defesas, ao invés de criticar os companheiros que permitiram os chutes, o arqueiro comemorava e incentivava eles.

Outros jogadores também tiveram atuações elogiáveis. Marcone mostrou que fez muita falta nos últimos jogos. Jogou muito. Alison fez uma ótima partida e ainda foi decisivo por causa do gol. Morais provou que vem crescendo. Não foi o driblador de outrora, mas foi essencial para o triunfo tricolor, pois ditava o ritmo do time e fazia a bola girar, prendendo no campo de ataque, deficiência crônica do Bahia nos últimos anos.

Além da volta de Marcone, outras mudanças foram determinantes para o crescimento da equipe nesta partida contra a equipe alagoana. Fabio Bahia não foi brilhante, mas foi bem em uma posição problemática para o tricolor no ano. A saída dele do meio-de-campo, junto com Hélder, foi benéfica. A dupla não tinha muito poder de marcação e deixava a zaga exposta. Com Marcone e Bruno Octávio, o setor voltou a funcionar bem.

Jogadores brasileiros no Japão na primeira divisão

Kashima Antlers
Gilton - zagueiro - 21 anos - jogou no Cruzeiro
Fellype Gabriel - meia - 24 anos - jogou no Flamengo
Marquinhos - atacante - 34 anos - jogou no Coritiba
Vegalta Sendai
Elizeu - zagueiro - 31 anos - jogou no Criciúma
Fernandinho - meia-atacante - 29 anos - jogou no Figueirense
Montedio Yamagata
não tem brasileiro
Urawa Red Diamonds
Edmilson - atacante - 27 anos - jogou no Palmeiras
Omiya Ardija
Rafael - atacante - 27 anos - jogou na Ponte Preta
Dudu - atacante - 30 anos - jogou no Vitória
F.C.Tokyo
Ricardinho - atacante - 22 anos - jogou no ABC
Kawasaki Frontale
Juninho (foto)- atacante - 32 anos - jogou no Bahia e no Palmeiras
Vitor Junior - meia - 23 anos - jogou no Santos
Renatinho - atacante - 23 anos - jogou no Santos
Yokohama Marinos
não tem brasileiros
Shonan Bellmare
Valdo - atacante - 29 anos - jogou no Gama
Emerson - meia - 30 anos - jogou no Bragantino
Albirex Niigata
Michael - meia - 28 anos - jogou no Coritiba
Marcio Richardes - meia - 28 anos - jogou no São Caetano
Fagner - atacante - 20 anos - jogou no Atlético Paranaense
Shimizu S-Pulse
não tem brasileiros
Jubilo Iwata
Gilsinho -atacante - 26 anos - jogou no Paulista
Nagoya Grampus
Marcus Tulio Tanaka - zagueiro - 29 anos - joga na seleção japonesa
Magnum - meia - 28 anos - jogou no Vitória
Kyoto Sanga
William Thiego - zagueiro - 24 anos - jogou no Grêmio
Sergio Dutra - meia - 22 anos - jogou no Santo André
Diego Souza - meia - 26 anos- jogou no Palmeiras
Gamba Osaka
Lucas - atacante - 31 anos - jogou no Atlético Paranaense
Dodô - atacante -20 anos - jogou na Ponte Preta
Cerezo Osaka
Amaral - volante - 26 anos - jogou no Vasco
Adriano - atacante - 28 anos - jogou no Vasco
Martinez - volante - 30 anos - jogou no Palmeiras
Vissel Kobe
Edmilson - volante - 34 anos - jogou no Fortaleza
Botti - meia - 29 anos - jogou no Vasco
Popó - meia - 32 anos - jogou no Araçatuba

E o título deixa de ser inédito...para o Santos!!!

Claro que a torcida do Vitória deve estar sofrendo com mais um vice-campeonato e a ausência de títulos nacionais, mas a verdade é que acredito que qualquer pessoa despida de clubismo ou bairrismo e que goste do futebol bem jogado, com arte, ousadia e eficiência, deve estar feliz com a coroação do time do Santos, campeão da Copa do Brasil, depois de vencer, na Vila Belmiro, por 2 a 0 e perder por 2 a 1 no Barradão.

Se o rubro-negro baiano ficasse com o troféu, seria merecido pela entrega dos jogadores, mas o Santos provou a sua superioridade, dando a volta olímpica. Para o Vitória, fica o orgulho de ter vencido o Peixe na última partida, carimbando a faixa. A derrota não estragou o brilho da festa alvinegra, mas o Santos correu mais riscos do que o necessário nesta decisão, desperdiçando muitas chances nas duas partidas, principalmente a primeira, quando poderia ter dado uma goleada histórica, mas só fez dois.

Se conseguisse jogar sempre assim, o Vitória ainda poderia fazer bonito no Brasileiro, melhorando o desempenho. A chegada de Kléber Pereira e a volta do bom futebol de Júnior são notícias animadoras para os rubro-negros. Soares, Thiago Humberto, Ricardo Conceição são outros ganhos com relação ao time da Copa do Brasil.

O Santos pode ainda lutar pelo título brasileiro para coroar a temporada. Só não pode relaxar e perder outros destaques, além de André e Robinho.